No início, a cabeça parecia um pouco tonta por não entender certas coisas. Às vezes ela ainda não entende, mas passou a olhar tudo o que há nele de forma diferente, com respeito até. Porque aprendeu a coisa mais difícil pra todo mundo: aceitar as pessoas exatamente como elas são. E ela até que aprende rápido coisas assim.
Há momentos em que a confusão vai e vem e ela fica a esmo sem saber o que querer ou o que pensar direito. Por outros, dá muita vontade de ficar perto, mas ela sabe que ficar perto demais pode assustá-lo como assustou outrora. Então, ela prefere ficar distante, com tudo o que essa palavra carrega.
E é mesmo difícil se adequar às pessoas, tentar fazer com que as coisas se encaixem. Mas é assim mesmo.
Às vezes ela simplesmente fica muda, porque não sabe mais como lhe dizer o que sente. Ela aprendeu a se esquecer de como se faz isso. E esqueceu mesmo. E vive pensando se é bom ou ruim. Ainda não se sabe.
Ainda não se sabe muitas coisas. Tudo pode terminar do nada, como sempre acontece ou simplesmente ir durando até Deus sabe quando.
Deixar as coisas ir durando é correr o risco de terminar sem sentido ou sem propósito, disseram-lhe um dia. Ela se importou, mas não há muito o que fazer: deixa-se durar o que tiver que durar. No fim das contas, só o que é bom permanece. Ou pelo menos deveria ser assim.
No fim das contas, tudo acaba mesmo, nem que seja pra se começar algo melhor, uma vida maior, ainda que sem muito propósito.
Mas ela ainda se pergunta: afinal, o que realmente tem propósito nesse mundo caduco?
Na maioria das vezes: nada.
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- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende."
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Oiii! :D