Força

Há alguns dias que são os dias de ter força. Na verdade, acho que são todos mesmo. Mas há uns em que devemos ser mais fortes que em outros. E é o que tá rolando hoje também, mais uma vez.

Depois da minha crise de ansiedade, ainda houve momentos de angústia, mas desde segunda-feira consegui focar um pouco mais no meu trabalho, nessa profissão que eu tanto amo, nos sonhos futuros que o francês e o alemão me fazem ter. Principalmente o francês.

Ainda há muitas coisas para serem consertadas em mim, e eu vou lutando. Um dia de cada vez, lembram? Ainda há dias e momentos difíceis. De uma escuridão que nem sempre eu sei de onde vem, mas fica insistindo sempre em fazer morada. Às vezes tudo o que eu quero é esquecer que algumas coisas existem e ter uma paz sólida e profunda dentro da minha mente.

Eu tenho que me policiar para que os meus pensamentos não me derrubem. Principalmente os relacionados à minha vida afetiva. Entretanto, há outros pontos também. Por exemplo, eu tenho evitado encontrar com muitos dos meus amigos. Não sei o motivo, mas eu tenho evitado encontrá-los. Acho que é porque sempre que me fizerem perguntas sobre um ponto específico da minha vida, me incomoda não existir mudanças palpáveis. É como se eu estivesse estagnada em um lugar que eu nem sei se é o meu (e que a cada dia percebo que, talvez, nunca será de fato). Às vezes eu me sinto como se estivesse insistindo numa coisa que só existe dentro da minha cabeça. Numa esperança de resolução de vida que talvez nem exista mais. Há momentos em que eu realmente nem sei mais o que sentir, o que fazer. Como os momentos dos últimos meses. Como este exato momento.