Excelsior! ♥

domingo, 9 de março de 2014 2 comentários
Sim, eu estou reassistindo "O Lado Bom da Vida" (Silver Linings Playbook, 2012).
Como sabem, eu adoro ficar revendo o mesmo filme várias vezes, pois, cada momento que reassisto é novo, único, e muita coisa na minha vida se transmuta. Nenhum sentimento é igual, nem a emoção é a mesma. Além do próprio amadurecimento, claro. Isso me proporciona um mergulho diferente de quando assisti ao filme pelas primeiras vezes. :)

Esse filme é realmente incrível. E é engraçado perceber que eu sempre acabo assistindo aos filmes exatos nos momentos certos!

Não vou ficar fazendo sinopse, críticas e nem resumo do filme aqui porque isso me mata de preguiça. Além do mais, há 57 milhões de sites que fazem isso. Eu quero mesmo é falar sobre mim, sobre as minhas reações e impressões (e comoções).

Inclusive, agora, acabei dando pause no momento em que o Pat e a Tiffany começam a dançar, a treinar o número de dança que irão apresentar no festival. Lembro que, na primeira vez em que assisti ao filme, já achei as cenas lindas, uma doçura, uma coisa que fez meu coração brilhar (e meus olhos também).
Mas acho que, agora, neste momento em que estou vivendo e reformulando coisas dentro de mim, meus olhos brilharam de uma maneira diferente. *-*

Tem a cena em que eles ficam sentados no chão, um de frente pro outro, se olhando e deixando a música rolar. Depois, começam os treinos de fato. Então: minha garganta deu um nó e o coração se engasgou também.
Aquela tentativa tímida de aproximação se realizando, a proximidade intensa e densa se formando, o gelo se quebrando, o contato, o toque, os corpos unidos, o ritmo... acho que essa conexão profunda é algo bem característico da dança mesmo. Mas pode ser algo bem do mundo como um todo. Essa conexão profunda pode ser algo bem característico da vida, se você permitir que seja.

Acho que o amor se formou no meio de uma dança. Sabe, tipo uma coisa meio gênese da criação do universo? Primeiro veio a dançar; depois se formou o amor. Ou vice-versa. E vice-versa. E vice-damaneiraquevocêquiserqueseja.

Acho que a dança também é onde a Tiffany libera toda a sua energia, todo o seu amor e a sua dor; é dançando que ela se liberta e se permite ser livre, reconstrói sua alegria e recupera o fôlego divino. Ela mesmo diz ao Pat que a dança demonstra grandes habilidades como foco, colaboração e disciplina.
A arte e o esporte, de uma maneira geral, promovem essas sensações também, né? Me sinto da mesma forma quando danço, nado e/ou escrevo. 

Esses encontros (corporais e de almas) são muito especiais. Principalmente quando as pessoas envolvidas conseguem perceber que é realmente um encontro e que há uma aprendizagem muito bonita permeando tudo (como a Lóri e o Ulisses no livro lindo da Clarice "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres" ♥).

Acho que no fundo tudo se trata de uma palavra, de uma coisa só: amor.

O mais engraçado é que Tiffany não percebe com nitidez quando o seu amor-paixão começa a nascer por Pat. Assistindo ao filme, a gente percebe que a ficha dela só cai de fato quando ela vê Nikki (a esposa de Pat) chegando para assistir à dança. Sentimentos apaixonados tão humanos e naturais como o ciúme, a insegurança e o medo da perda são capazes de denunciar o verdadeiro sentimento que Tiffany nutre por ele. Creio que isso deva acontecer muito na vida real também (ou não?).

Bom, e sobre o título da postagem, a palavra "excelsior" vem do latim "excélsior" e significa algo grandioso, supremo, majestoso. Essa é a palavra que Pat carrega sempre consigo para ver o lado bom de tudo, de todas as dificuldades e das mudanças que ele começa a realizar em sua vida. Excelsior é o seu equilíbrio. O que eu acho mais legal, é que tanto a palavra quanto o sentido que ela ganha no filme nada tem a ver com aquela história de ver o mundo desabar na sua cabeça, você sorrir e ficar parado feito bobo simplesmente observando e tentando, desesperadamente, ver o lado bom de tudo. Não, definitivamente, o filme (e nem a palavra) tem essa proposta estática. Pelo contrário, Pat se move, se movimenta, ele mostra que o lado bom da vida existe sim, principalmente nas dificuldades, mas você tem que se mexer, tem que AGIR, tem que ter autonomia sobre a sua vida e sobre os caminhos que vai seguir, e ele faz isso com muita garra e disciplina, mesmo tendo que lidar com seus fantasmas. Ele traça metas para o seu maior objetivo, que é reconquistar sua esposa e restaurar seu casamento, e vai à luta, segue em frente, coloca todo o seu coração e o seu entusiasmo nisso. E eu realmente admiro pessoas que fazem as coisas com o coração e com entusiasmo. São motores diários de vida. :)

"Quando pensamos nisso tudo é possível. Sempre nos prendemos num estado de negatividade, e é um veneno como nenhum outro."

Ver a vida sem negatividade é algo que propus a fazer comigo mesma há algum tempo. E coisas lindas têm acontecido graças a essa mudança de hábito. Pensei: "Vivi a maior parte da minha vida tendo pensamentos negativos e sabotadores e as coisas não deram certo. Não custa nada tentar o outro lado, não é mesmo?".  E aqui estou eu. :)
Acho que estou como o Pat, num momento de vida em que a ação é o substantivo que mora no topo. É o que recarrega as energias, que faz com que tudo se mova e com que a vida aconteça.

Então, é isso: E-X-C-E-L-S-I-O-R!

=**


2 comentários:

  • ✿ Flah ✿ disse...

    Oi comadre!!! Sempre LINDO ter vc por aqui! que bom que gostou!!! Um beijooo (em vc e no afilhado mais lindo do mundo! s2)

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Oiii! :D