Nunca ame (pouco) um poeta

segunda-feira, 14 de julho de 2014 0 comentários
Se você quiser manter sua integridade emocional nunca se apaixone por um poeta:
Poetas dobram a gente em quatro, dão voltas ao redor dos nossos ouvidos e nos irritam (como irritam!). Poetas são irritantes com maestria.
Poetas se escondem atrás de alteregos, autoimagens, automentiras, alterfarsas, autoleros.
Poetas geram confusões na vida, na mente e no peito da gente. Dão nós tão firmes que até marinheiros perdem o rumo na maresia insuportavelmente irresistível que amar um poeta causa.
Poetas são fanfarrões, beberrões, camaleões.
Poetas jogam amores passados nas nossas entrelinhas tortas.
Poetas nos fazem perder o rumo, porque às vezes não se é mais possível saber em que momento a ilusão vira realidade; porque o amor no fundo fica ali, empurrando o medo da gente pro penhasco.
Poetas tornam os nossos dias visivelmente mais profundos, impuros, insanos, profanos, sagrados...

... mas se, depois disso tudo, você ainda se permitir se apaixonar por um poeta, nunca esqueça: amar um poeta é ter os chakras cadíaco e gástrico eternamente desorganizados.


( Imagem de Bia Finkielsztejn.Daqui óh: http://biafink.blogspot.com.br/)

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