Muito prazer, eu me chamo recalque.

(Freud, controle seus ossinhos porque nesse recalque você não dá pitaco, não. O recalque dessas bandas é moderno, meu filho!)

Então. Estão estranhando minha frequência mais assídua aqui no blog? Sim, eu excluí (mais uma vez) a minha rede social.

Sério, não sei lidar com isso. Não sei lidar com redes sociais nos momentos em que a vida sangra e tudo o que se quer é ter o direito legítimo de sofrer em paz, com toda a tristeza, expectativa e ilusão que criamos para nós mesmos. E nesses momentos a gente nem precisa (ou nem quer) que alguém aponte o dedo na nossa cara e diga o que nós estamos cansados de saber; a gente só quer colo, só quer compreensão e amor (sim, quero alguém pra passar a mão na minha cabeça porque de julgamentos o meu cérebro já tá cheio), mais nada.

Mas acontece que no meio dessa turbulência emocional toda (potencializada por Xangô e tentando ser amenizada por Ogum) e da bilionésima exclusão do fakebroklyn, eu me sinto mais pimpona porque volto a escrever mais aqui no blog mesmo. :) Porque toma tempo escrever no blog, mas o tempo que a rede social me rouba é muito maior e é um caminho sem volta.

E sim, é um problema de recalque puramente explícito meu, já que tenho profunda dificuldade em lidar com a perfeição alheia, já que na rede social TODO MUNDO (everyone, everybody, tout le monde, alle Leute) é feliz, lindo, nunca fica triste, nunca fica deprimido, sabe lidar com tudo, tem uma autoestima que alcança picos que o próprio Everest duvida e vive uma vida perfeita e inabalável. Tá vendo como o meu recalque é altíssimo? Minha vida não é assim, sorry, sociedade. Logo, o que me resta é me recolher à minha insignificância existencial na rede social (porque até rima) e ser feliz (ou triste) legitimamente aqui no blog da Maçã. =]

Enfim, espero que continuem gostando do meu diário eletrônico com toques poéticos e psicologicamente profundos (vulgo blog), mesmo com a dona dele sendo uma diva assumidamente recalcada. ;)

Beijo =**