Laurinha ❤

O nome dela é Laura.

Não sei quanto a vocês, mas Laura pra mim é tipo um nome de sorte. De muita sorte na vida. Tenho duas grandes amigas chamadas Laura, e as outras que eu conheço mais de perto sabem honrar muito bem o nome que receberam.

Pois então, uma das Lauras, a amiga, chama-se mesmo é Laurinha. O diminutivo é pelo carinho, mas também pela estatura. E ela odeia ser chamada de baixinha, vocês não podem imaginar o quanto, mas todo mundo insiste nisso. Até mesmo eu, porque ela é e sempre será a minha pequena gafanhota. Mas vocês, que não a conhecem realmente, não podem mesmo é imaginar o tamanho da alma que abarca aquela pequena.

Olha, eu posso ficar aqui a minha vida inteira descrevendo o tamanho luminoso da alma da Laurinha e vocês ainda não terão noção do quanto é grande e linda. E de como a vida da gente se a(s)cende ao conviver com ela. E generosa.

Poucas pessoas nesta vida são tão generosas como ela. E eu nunca vi uma pessoa com uma fé daquele tamanho. Juro. E eu vejo pessoas de fé o tempo todo, eu sou uma pessoa de fé, mas igual a Laurinha eu, definitivamente, nunca vi. Sabem a força da palavra inabalável? Acho que foi a Laurinha que a inventou quando começou a ter fé. Em si, em Deus, na vida.

Não contei ainda, mas a Laurinha se casou ano passado. E eu, mais uma vez, nunca vi alguém mais organizada, pé no chão e equilibrada como ela. E o chá de panela organizado no serviço foi um momento tão bonito que, pra variar, chorei rios. E, mais uma vez, pensei que meu coração fosse explodir.

Serviço. Cheguei no ponto: a Laurinha não trabalha mais comigo, e estou desolada. Claro: chorei oceanos (e ainda choro muito escrevendo tudo isso), porque só a gente que conviveu bem de pertinho com ela sabe a grandeza de tudo o que ela é. Mas a vida é assim mesmo, as coisas acontecem repentinamente e temos que ter pulso forte sempre. E servem pra nos mostrar que, feliz ou infelizmente, não controlamos nada.

Durante todo esse tempo eu aprendi várias das coisas mais importantes sobre a vida com ela. Ela me ensinava diariamente a ter fé, a confiar, a ter entusiasmo, a me mover, a sonhar. Laurinha me ensinou a sonhar. Me ensinou a ter os pés no chão, me ensinou a ser uma pisciana chorona melhor. Não contei? Laurinha é taurina. Como é que não podia ser isso, hein? Um dia eu conto pra vocês toda a minha epopeia mágica com os taurinos, mas o importante agora é saber que foi graças à Laurinha que a teimosia taurina se transformou numa força luminosa capaz de me ensinar a ser persistente, a seguir, a buscar, a realizar. A realizar.

Hoje a Laurinha me ensinou mais uma vez a ver oportunidades nas situações que parecem ser o fim da linha. E eu não duvido de que ela vai realizar todos os sonhos lindos que foram compartilhados naquela sala pequenina da revisão. Não duvido que ela vai alcançar os voos mais bonitos do mundo. E nunca duvidei de que ela fosse mesmo uma fênix. E, a partir de hoje, sei que ela está pronta pra renascer de novo. Quantas vezes forem necessárias.

Como ela mesmo disse, a taurina e a pisciana se tornaram irmãs. E assim está feito. 

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Deus te abençoe, minha pequenina. Sempre. Tenho certeza de que há um universo de graça e bênçãos pras nossas vidas, porque o Pai NUNCA deixa seus filhos desamparados. E muito obrigada: por tudo. 

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