Olha, eu sei que há coisas demais espalhadas pelo mundo sobre a felicidade, mas eu precisava escrever pelo menos uma linha das coisas que venho pensando nos últimos tempos.
A felicidade é algo conquistado minuto a minuto. Tipo agora. A felicidade é o agora. É o instante em que eu estou aqui completamente inteira e presente escrevendo pra vocês e existindo. É este momento pleno em que meus pulmões, coração, cabeça-tronco-membro e corpo inteiro fazem de tudo pra me manter viva de uma forma linda.
A felicidade é aqui. Estes dedinhos com as unhas há tempos por fazer que digitam letras com tanta avidez e amor que dá vontade de fazer uma casa na árvore de cada palavra. É este olhar imóvel pra tela, vendo as palavras se tornarem vivas (como eu) e compondo sons divinos.
Também há células lindas nas palavras se esforçando para que elas nasçam, sobrevivam, cresçam, dancem. E há células demais na minha mente fazendo de tudo para que o verbo continue, para que o dom não mais se estanque, já que ficou escondido tempo demais; há cadernos empoeirados demais, e no fundo todo mundo precisa respirar um ar puro de vez em quando.
Porque o sobrenome da felicidade é respiração. É esse fluir macio do ar, da vida, do ar da vida em nós. É agora, assim, de novo, olha, viu? Mais um piscar de olhos e a felicidade se materializa e escorrega; partiu. Ela é boa de fuga. É tudo muito rápido demais pra gente se perder por aí buscando-a por outras bandas estranhas e distantes demais.
Então hoje, Natal, termino o dia completamente reflexiva. Não sei se monótona, se murchinha, se minguante ou poente, mas há reflexões profundas pipocando dentro da Maçã. Acho que é porque no fundo a gente sempre quer que tudo aconteçaaomesmotempoagora, mas a gente sabe que tem que esperar o tempo propício até mesmo pra se ser feliz nesse mundo. E esse tempo é
a.g.o.r.a.
(sei
exatamente
onde
a
felicidade
mora).
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Oiii! :D