Poesiando

quinta-feira, 17 de outubro de 2013 0 comentários
Hoje o dia amanheceu chuvoso e, pro um milagre, eu nem reclamei! =]
Lembrei do oposto, dos dias superquentes e melosos e dei graças ao ventinho e às gotas frescas inundando a vida da gente. *-*

Mas acho que a melhor parte da manhã foi bem essa:

chuvinha + aula de poesia portuguesa + logos + símbolos + mitologia + interioridades = amor.   

Faço essa aula de literatura portuguesa com uma das professoras que mais amo da faculdade. Ela é incrivelmente incrível, nem sei definir. Sinto uma catarse que não se explica, que apenas vai invadindo a minha alma e tomando conta de tudo o que sou, se misturando com a essência, abarcando o ser, abraçando o self, toda a minha subjetividade. Eu me sinto tão plena, tão próxima quando estou em contato com a poesia, porque a minha vida inteira foi (e continua sendo) assim: poema atrás de poema.

Acho mesmo que ter nascido no dia da poesia foi meio que coisa de dom. De magia. Dessas coisas que acontecem, que não se sabe, mas que só poderia estar escrito em algum lugar muito especial mesmo. Alguma programação divina pra preencher o significado divino da nossa existência.

Sempre li poesia, sempre escrevi poesia. Quando dou por mim, até em prosa eu viro poeta. Mas não tenho grandes pretensões (na verdade, não tenho nem pequenas). A escrita, ela vem como uma forma de libertação. É aquele velho e bom clichê da necessidade, do esvair-se. A escrita tem uma profunda noção de sobrevivência pra mim. De cura. A escrita gera a cura do ser que sou e do ser que me transformo diariamente. É um construto infinito. E sempre me completou. A poesia sempre foi a parte mais completa de mim mesma, e hoje, quando olho pra trás, vejo também que sempre foi a parte mais bonita (até quando a beleza era triste). Que bom que o "destino" me deu esse "dom" de presente! :)

Bom, vou indo. Hoje eu to bem poética mesmo, introspectiva e, ainda por cima, ouvindo Debussy. Bora ouvir comigo? :)

Beijo! =**

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Oiii! :D