O amor é contagioso?

sexta-feira, 18 de abril de 2014 0 comentários
Olha, eu não sei se o amor é contagioso, mas eu sei o estrago que ele é capaz de fazer quando a gente o confunde com outros sentimentos que não possuem a mesma essência nobre que o amor possui.

Enfim, o título desta postagem é pra contar que finalmente assisti "Patch Adams: o Amor é Contagioso". Bom, nem preciso dizer que fiquei aos prantos. Algo normal vindo de mim, of course, e isso eu nem preciso mais repetir.

Mas, assistindo ao filme e olhando pro Patch, muitas coisas passaram pela minha cabeça de uma forma boa. Primeiro que a "filosofia" de vida e a forma como ele olha pros outros é a forma que eu olho também. O jeito que ele pergunta o nome dos pacientes, a importância que ele dá pro todo uno e completo de cada um é algo muito meu, algo que eu busco cultivar diariamente a cada pessoa que se aproxima de mim.
Nesta fase da minha vida, confesso que tem sido um pouco difícil olhar e encontrar minhas qualidades, mas assistir ao filme ontem me fez relembrar uma qualidade importante que faz parte do que eu sou com legitimidade: eu tenho o dom de acolher.
Bom, não sei se dom é a palavra ideal pra isso, mas a alegria com que o Patch acolhe as pessoas é a forma que eu procuro acolhê-las também. Sempre dá certo? Não, óbvio que não. Mas a beleza está em tentar sempre (principalmente depois que dá errado) e aí tentar e novo.
E o Patch também adora conhecer gente nova: percebi há pouco tempo que eu adoro isso, de verdade. Adoro sair conversando com o mundo, saber das histórias e dos sonhos que cada um carrega dentro do peito, eu gosto quando as pessoas têm coisas valiosas para me contar e, mesmo que sejam narrativas tristes, meus ouvidos ainda se tranquilizam por perceber que a pessoa está tirando aquela dor de dentro dela para que se sufoque menos.

(Meu pai me disse que eu fui médica em uma das minhas encarnações, e eu sempre fiquei feliz por saber disso. Nesta vida vejo que minha aptidão para a medicina é completamente nula, tenho pavor só de pensar em algumas situações. Acho que isso é mesmo trauma de quem foi médica na vida passada. Ahahá! Mas não, não pretendo mesmo ser médica, nem enfermeira, nem nada relacionado à área da saúde.)

E, voltando ao filme, o Patch queria ser um salvador do mundo. E é exatamente nesse ponto que eu percebo o quanto minhas ideias amadureceram com o passar do tempo (e com o passar das dores): a gente não consegue salvar ninguém. Aliás, na maioria das vezes não conseguimos salvar nem a nós próprios, imagine o resto do mundo? Mas eu entendo perfeitamente o sentimento do Patch, porque eu sempre fui assim durante toda a minha vida, e é nessa gana de salvar tudo e todos que a ansiedade, expectativa e frustração aumentam, fazem morada e corroem a alma da gente. Sério, esse desejo de salvação é completamente ilusório, mas também é muito bonito pela forma como é retratado no filme, até porque é um desejo legítimo, né? E o Sr. Adams lutou muito, teve muita coragem (cordis), seguiu seu coração e sua felicidade excessiva e foi em busca de todas as chances, de todas as coisas que queria e, por fim, ele realmente conseguiu. É um PUTA exemplo de compaixão e amor (legítimo) ao próximo. E isso fez meu coração se derreter. *-*

Enfim, ter assistido esse filme me trouxe grandes reflexões e até está me fazendo olhar para esses momentos angustiantes com outros olhos. Espero que, assim como o Patch, eu seja capaz de despertar toda a minha potencialidade e firmar meu caminho, olhar firme pros sonhos que eu guardo no coração  e seguir. Seguir sempre, apesar de.

Ótimo feriado a todos!  =**


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