Real life (sendo encore gauche na vida)

domingo, 14 de abril de 2013 0 comentários
Hoje acordei com aquele gosto amargo na boca e no cérebro de ressaca moral. E depois que eu descobri o significado dessa expressão eu só tenho uma coisa a dizer: é péssima.
Acho que quando algumas coisas fodidas acontecem na vida da gente é pra mostrar (mais ainda) que você está andando (e insistindo) no caminho errado. Eu sei qual é o meu caminho porque eu já o tracei mentalmente há 5 meses atrás, mas eu ainda insisto em tapar meus olhos e meus ouvidos pra ele. Depois, quando chegar o momento limite crucial eu irei me arrepender de todo esse tempo jogado fora e aí será um pouco tarde (não tarde demais ainda, apenas tarde).
Aí, nesses momentos eu sempre me lembro do Mom falando com aquela vozinha bêbada, louca e sábia nos meus ouvidos, repetindo as mesmas coisas, as mesmas frases que eu REALMENTE deveria trazer como um mantra eterno dentro da minha cabeça. Depois que meu cérebro bloqueou toda e qualquer conexão com o Mom (pela razão mais óbvia que o coração sempre sabe) pronto: coloquei todas as lembranças num saco e me esqueci da parte mais importante. Sempre que eu me lembro disso eu vejo o quanto ele tem razão. Eu vejo o quanto essa sabedoria quarentar serve para alguma coisa útil na vida da gente (principalmente pra minha). Eu nunca achei que conselho não fosse bom. E esse sempre me pareceu ótimo, sensato e honesto. Não entendo o que acontece com a minha nossa cabeça fodida que não ouvimos conselhos bons. A gente se fode muito por não ouvir e por não seguir os bons conselhos (e eles não são vendidos ainda não).
O fato é que, eu tenho que voltar a injetar esse mantra na minha cabeça e NEVER MORE esquecê-lo (entendeu Flávia? nunca mais. até que). Mas eu esqueço. =( Eu sou uma essência infinita um pouco cabeçona, sabem como é? Totalmente indisciplinada. Acho que o Chico (o Xavier) tinha que vir aqui e estapear a minha cara umas 70 (x 7) vezes pra eu me lembrar daquela história toda da disciplina e do acreditar e AGIR (não como eu agi ontem, ÓBVIO kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk), porque o (meu) mundo ainda anda muito complicado.

"Hoje não estava nada bem
mas a tempestade de distrai
gosto dos pingos de chuva
dos relâmpagos e dos trovões..."

Então... então.
Preciso de um tempo. Longe demais de tudo. Repensar os meus quereres. Repensar nas escolhas que eu fiz. E repensar principalmente em parar de ser honesta com as pessoas porque elas ainda não estão preparadas para a honestidade que vem direto do que a gente é (não estou falando especificamente do que rolou. Estou falando de outras situações também em que a sinceridade não ajudou em nada e Rodrigo me disse pra eu prestar atenção nas coisas que se repetem pra ver se eu devo insistir nelas ou não). As pessoas querem mentiras sinceras e mentiras sinceras não me interessam mais.
Vou entrar no meu casulo. Domingo é um ótimo dia pra se entrar em casulos e ostras, pra fazer morada no lado escuro da gente. Amanhã é um novo dia e essa sensação de fracasso vai se dissipar um pouco (espero).

No mais, eu ia colocar "Down em mim", claro. Mas mudei de ideia. Essa também tem muito a ver. E por falar nisso, preciso ficar um pouco longe dessas redes sociais filhas da puta. Libertar-me-ei, Senhor. Oremos!

E pra terminar, uma das coisas mais sábias e verdadeiras, no prefácio do livro fodástico da Hilda (O caderno rosa de Lori Lamby  ). Mentiras sinceras não me interessam mais. É isso.

"Todos nós estamos na sarjeta, mas alguns de nós olham para as estrelas."
Oscar Wilde

"E quem olha se fode."
Lori Lamby



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Oiii! :D

Cesto de maçãs