Eu chorei HORRORES quando assisti este documentário pela primeira vez. *---*
Aprendi a amar o Raul graças ao meu pai. Ele sempre ouviu Raul e, depois, eu me apaixonei também. Me apaixonei de verdade. Acho que até mais que o meu pai.
E eu também sempre quis que quando eu tivesse um filho que ele se chamasse Raul. :) ♥
No início era difícil pra eu conseguir lidar com isso, acreditando em tudo o que eu acredito, em todo o bem que eu prezo, na luz, em Deus, Jesus e toda essas coisas lindas e sublimes que moram dentro de mim.
Mas depois eu vi que isso não iria (e não deveria) interferir na minha fé e no meu gosto pelas músicas, pela sensação boa que ouvir Raul Seixas me traz. É totalmente possível separar as coisas, mas ninguém entende isso de fato.
Quando se fala em Raul, a maior parte das pessoas apenas se lembra de falar (e julgar) que ele fez um pacto com o diabo. Eu, inclusive, quis assistir este documentário pra entender melhor como tudo aconteceu.
O Raul sempre foi uma pessoa boa, mas se deixou levar. Acho que ele apenas queria uma nova sociedade em que as coisas fossem possíveis de fato, ainda mais com a pressão violenta que rolou aqui no Brasil com a parada toda da ditadura e tal. Liberdade, com toda certeza, era uma das palavras proibidas, talvez a mais importante.
Também, todo mundo tem mania de falar que os fãs de Raul odeiam o Paulo Coelho porque o culpam por ter levado Raulzito pra magia negra. Por um tempo eu fui uma desses fãs. Mas aí, eu parei e pensei: o Raul era adulto e foi porque quis. Também, pelo documentário a gente percebe que quem levava essa coisa mais a sério era o Paulo e não o Raul. O Raul entrou, mas não estava inteiro na parada. Mas enfim, o que importa é que ele estava lá de alguma forma.
Outra coisa que me fez parar de culpar o Paulo Coelho foi quando eu tomei vergonha na cara e decidi ler a biografia dele. Foi quando eu tapei os ouvidos para as coisas que diziam sobre ele e fui ver de perto com os meus próprios olhos e tirar as minhas próprias conclusões sobre tudo. O Paulo, desde novinho, viveu em hospitais psiquiátricos. Houve muita crueldade na vida dele. Claro que isso não justifica muita coisa, of course, mas, assistindo ao documentário e vendo todas as entrevistas que o Paulo dá, eu percebo que ainda há muitas sequelas desse tempo de horror psiquiátrico que ele viveu. Não há como uma pessoa ficar totalmente sã depois de tomar choques, ver seus pais te abandonarem, não ser ouvido, não ser valorizado pelo que é.
Acho que tudo isso fudeu muito com a cabeça dele.... Mas, como eu disse, não acho que tudo é justificativa pra tudo. Enfim. Cada um que tome suas próprias conclusões.
Também tem a coisa toda das drogas e do álcool...
Mas aí percebi que todo mundo tem uma mania PÉSSIMA de mesclar a obra à figura do autor e colocar tudo no mesmo saco sem raciocinar direito. É preciso aprender a separar as coisas.
É tipo o Renato Russo, Cazuza etc. Devia ser um CU trabalhar com eles: inconstantes, descompromissados, explosivos etc. Mas isso não anula a obra, a arte, a genialidade. Por isso eu adoro o Raul! :)
Acho o máximo o Raul ser baiano, eu AMO esse sotaque, AMO o fato de ele ter sido TÃO fã do Elvis. ♥ Raul era TÃO inteligente e talentoso... *-*
Bom, ficaí o documentário. Tirem suas próprias conclusões e façam suas próprias críticas. Afinal, aqui isso ainda é da lei! ;)
beijoo!! Ótimo domingão pra todo mundo!
=**
1 comentários:
Eu não conhecia muita coisa sobre o Raul Seixas. Nunca quis ouvir muita coisa dele porque minha mãe sempre disse que as músicas dele eram do diabo e tals. Mas agora que eu não ligo mais para essas coisas quis assistir a biografia, conhecer o tão famoso Raul. E eu gostei muito do que vi. Ele era um gênio, um rebelde e ao mesmo tempo um menino. Apesar da fama e da aparência de maluco beleza dá para ver que ele era só mais um inconformado com as injustiças da vida. E eu acho mesmo que não tem como ir contra a sociedade e todo esse senso comum que a gente vive sem acabar se prejudicando em algum momento. E o que fica é esse legado enorme para o rock brasileiro! O autor morreu, mas a obra está aí para eternizá-lo!
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Oiii! :D